quinta-feira, 23 de abril de 2009

Tricolores e rubro-negros reclamam do alto preço dos ingressos

Tricolores e rubro-negros reclamam do alto preço dos ingressos
A rivalidade entre os torcedores da dupla Ba-Vi surgiu em meados da década de 30. Mais precisamente, a partir do dia 10 de abril de 1932, data do primeiro confronto entre as duas equipes. De lá pra cá, tornou-se comum a rotina de provocações fosse por derrotas, campanhas e até mesmo conquistas de títulos. Cada um, é claro, defendendo com “unhas e dentes” as cores dos respectivos times de coração. Quis o destino, porém, que passados 77 anos, torcedores do Bahia e do Vitória se unissem. O motivo? É simples. As reclamações referentes ao reajuste no valor cobrado pelos preços dos ingressos, principalmente, agora, na fase final do campeonato. Apesar dos constantes apelos e insatisfação visível das torcidas, as diretorias de ambos os times confirmaram e colocaram em prática a correção tarifária nos bilhetes.Por exemplo, em Pituaçu, o torcedor tricolor que for conferir nesta quinta-feira, 23, o duelo entre Bahia e Fluminense, terá que arcar com o novo valor fixado em R$ 30 – antes, o bilhete era R$ 20.Exceções apenas na partida de reinaguração da praça esportiva e do clássico Ba-Vi, de R$ 30. Nesta quinta, no Barradão, por sua vez, a quantia a ser cobrada é de R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).Na prática, o valor do bilhete no Estádio Roberto Santos, novo mando de campo do clube azul, vermelho e branco, foi majorado de 100% a 200% em relação ao que vinha sendo praticado nas partidas disputadas no estádio Joia da Princesa durante o Campeonato Brasileiro da Série B do ano passado, que era de R$ 10.Pelo lado rubro-negro, por exemplo, a meia-entrada quase que triplicou. Passou dos R$ 7,50 – cobrada desde o começo do ano até o final da fase classificatória do Baianão –, para R$ 20.Desculpas – Questionado sobre o porquê do aumento somente agora na fase decisiva do estadual, o gestor de futebol do Vitória, Jorginho Sampaio coloca a culpa no planejamento do Leão.“Há 13 anos que o ingresso custava 10 reais. Ano passado, aumentamos para R$ 15. Então, este tempo todo, o valor esteve congelado. Fazer futebol hoje, está muito caro. A fonte de bilheteria, que gira em torno de 10% da renda mensal, tem uma importância enorme. Para podermos cumprir nossos compromissos temos que reajustar os valores”, explica o dirigente, que ainda se defende das críticas dos torcedores rubro-negros.“Não é injustiça. O Vitória não é movido pela ganância. Os torcedores rubro-negros foram avisados que o reajuste seria feito na fase final. É um valor que não leva em conta a usura. O reajuste é consciente, tranquilo e pensando na torcida do Vitória. E, ainda por cima, crianças até 12 anos não pagam nada”, alfineta o dirigente rubro-negro.Crianças – Afinal, no rival Bahia, além do reajuste dos bilhetes, maiores a partir de 5 anos, pagam o mesmo valor (R$ 30) de um adulto para entrar em Pituaçu. A medida foi tomada pela diretoria tricolor no dia 19 de março, no confronto diante do Potiguar pela Copa do Brasil.Na terça-feira, 21, porém, o clube voltou atrás. Em nota publicada no site oficial do tricolor, a diretoria divulga que “a partir da primeira partida do Bahia pela Série B, realizada em 9 de maio, será disponibilizada uma carga de 1.000 ingressos destinados exclusivamente para menores de 5 a 12 anos de idade”.De acordo com o gerente de Operações do Bahia, Claus Dieter, o clube apenas fez uma adequação. Afinal, segundo ele, a cobrança relativa às crianças estava dentro da Lei.“Desde março de 1996 que não havia reajuste nos preços. Todo mundo sabe que a situação financeira do Bahia é complicada. Além do mais, estávamos cumprindo determinação do Estatuto do Torcedor, que acabou com a gratuidade para menores de 5 a 12 anos”, justifica-se.

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