quinta-feira, 9 de junho de 2016

Mulher de Cunha se torna ré na Lava Jato

Mulher de Cunha se torna ré na Lava Jato

Processo trata de contas bancárias secretas mantidas na Suíça

Família Cunha/foto internet
O juiz federal Sérgio Moro, da Vara de Curitiba, aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra a jornalista Cláudia Cruz, mulher do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 

Cláudia Cruz se tornou ré pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas no processo da Operação Lava Jato desmembrado pelo Supremo Tribunal Federal a pedido da Procuradoria-Geral da República.

O processo trata de contas bancárias secretas mantidas de forma ilegal na Suíça sem declaração à Receita Federal. Cruz é suspeita de esconder dinheiro de propina nessa conta e utilizar os recursos para gastos pessoais. 

As investigações apontaram que Cláudia pagou despesas de cartão de crédito no exterior em montante superior a US$ 1 milhão em um prazo de sete anos (2008 a 2014), valor totalmente incompatível com os salários e o patrimônio lícito de seu marido. 

O dinheiro foi utilizado pela jornalista para, dentre outras coisas, aquisição de artigos de grife, como bolsas, sapatos e roupas femininas.

Outra parte dos recursos foi destinada para despesas pessoais diversas da família de Cunha, entre elas o pagamento de empresas educacionais responsáveis pelos estudos dos filhos do deputado afastado, como a Malvern College (Inglaterra) e a IMG Academies LLP (Estados Unidos).

A filha de Eduardo Cunha, Danielle Dytz da Cunha, também é investigada, mas não foi denunciada pelo Ministério Público Federal.

Outros réus

Também se tornaram réus o empresário português Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira e o operador financeiro João Augusto Rezende Henriques e o ex-diretor da Árra Internacional Petrobras Jorge Zelada.

O processo envolve um contrato da Petrobras que comprou direitos de participação na exploração de um campo de petróleo na África; esse negócio teria resultado em pagamento de propina de US$ 1,5 milhão.

Parte do dinheiro foi para contas bancárias que alimentavam cartões de crédito internacionais da família Cunha

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