A crise financeira na Prefeitura de Salvador mantém parados há um mês os trens que ligam os bairros do subúrbio ferroviário à Calçada. Oito mil pessoas viajavam diariamente nas composições, paradas desde 1º de dezembro e sem previsão de voltar a rodar. A viagem de trem custa R$ 0,50, cinco vezes menos do que a passagem do ônibus, que agora subiu para R$ 2,50.
Apesar de a prefeitura já ter pago o salário dos ferroviários, que ficou atrasado mais de 20 dias, os servidores terceirizados da segurança, limpeza e do sistema de bilhetagem continuam em greve por falta de pagamento dos salários. Sem o apoio operacional dos terceirizados, os ferroviários estão impedidos de colocar os trens em funcionamento.
Nesta sexta-feira, 7, vão completar três meses que os terceirizados da limpeza estão sem receber salários, segundo Edson Araújo, diretor-executivo do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Asseio, Conservação, Jardinagem e Controle de Pragas Intermunicipal (Sindilimp-BA).
Trabalham na limpeza dos trens do subúrbio 78 funcionários das empresas Sintra e Promat. “Eu nunca vi o trabalhador sofrer tanto quanto nesse governo João Henrique”, critica Edson Araújo, há 12 anos no Sindilimp-BA.
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