Certeza mesmo não há por conta do encanto que as surpresas do futebol reservam. Mas as evidências apontam para a rotina de mais um Ba- Vi na decisão do título estadual. Os resultados dos jogos de ida das semifinais combinado com um passado de repetecos históricos despertam no torcedor baiano a velha rivalidade que já dá sinais de entrar em erupção a partir de amanhã à noite, após os jogos de volta em casa, entre Vitória x Atlético e Bahia x Fluminense de Feira.
O movimento esperado nas bilheterias dos estádio não é de entusiasmar. Líder do campeonato, o Vitória, apesar dos apelos da diretoria, não conseguiu média de público superior a 8 mil torcedores, mesmo com ingressos considerados baratos, comparados aos cobrados pelo maior rival. O Leão vende arquibancada ao preço de R$ 15 e criança até 12 anos entra de graça. Mesmo assim, o volume de torcedores decepciona a direção, conforme depoimento do vice-presidente Jorginho Sampaio.
Enquanto lutava para sair da Série B, em 2007, o Leão atraiu 21 mil torcedores em média por jogo. No ano passado, na Série A, atuando contra os poderosos do futebol nacional, a média caiu para 17 mil. “Não há explicação”, chora Jorge Sampaio, que espera pelo menos 12 mil torcedores amanhã.
Já o Bahia assistiu a uma fuga de torcedores nos últimos jogos. Contra o Itabuna, confronto final na fase de classificação, apenas 2.612 foram a Pituaçu. A galera reclama o ingresso caro. E frieza da diretoria que cobra acesso de crianças a partir de 5 anos.
Para piorar, a partir de amanhã começa a vigorar o aumento de 50% antecipado pelos dirigentes. De R$ 20, o ingresso básico passa a custar R$ 30. E a situação da criançada em nada mudou. Trinta reais equivale à meia entrada, vendida sem a necessidade de mostrar a identidade estudantil.
O chefe da torcida Bamor, Jorge Santana, disse que a galera não vai ao jogo de hoje porque não tem dinheiro. A turma vai priorizar os Ba-Vis decisivos (acredita). “É absurdo esse aumento. Um tiro no pé”. Na semana passada, Jorge ameaçou romper com a diretoria do tricolor por conta do aumento anunciado. Até ontem ele esperava uma reviravolta.
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